Berlim

Desde que mudamos para a Alemanha, Berlim sempre esteve no topo dos lugares que gostaríamos de conhecer; é uma cidade cheia de história e muita coisa diferente pra ver.

Nós optamos por viajar de trem, já que dentro da cidade a ideia era usar o transporte público. Saímos de Düsseldorf para Berlim em uma quinta-feira, com o trem rápido. Depois de 5 horas, chegamos na estação Central de Berlim (Berlin Hbf). Bem em frente tem uma parada do U-Bahn, o que facilita muito a locomoção na cidade.

No total ficamos 2 dias inteiros em Berlim, e esse foi o roteiro que a gente montou para garantir que aproveitaríamos o máximo possível da cidade.

/// PRIMEIRO DIA ///

1. CITY TOUR

Na maior parte das cidades da Europa, são oferecidos tours a pé de de graça – nós utilizamos esse serviço em Munique e também encontramos em Berlim. Fizemos a reserva no site da Walkative, para o tour guiado em inglês. O ponto de encontro era em frente a Rote Rathaus, prefeitura de Berlim. De lá iniciamos o nosso tour:

Rote Rathaus

Berliner Fernsehturm: torre de rádio e TV, com 368 metros de altura, e visível de todo o centro de Berlim. É possível subir na torre, acessando a plataforma de visitantes que fica a 204 metros de altura; o restaurante fica poucos metros acima da plataforma, e é giratório.

Marx-Engels Forum: memorial em homenagem a Karl Marx e Friedrich Engels, filósofos idealizadores da teoria do socialismo científico.

Berliner Dom: catedral, que fica localizada na ilha dos museus:

Altes Museum: localizado na ilha dos museus (Museuminsel), esse é um dos 5 museus que podem ser visitados na ilha localizada no Rio Spree.

Neue Wache: antigamente utilizado como edifício da guarda real, atualmente abriga Memorial Central da República Federal da Alemanha para as Vítimas da Guerra e da Tirania. No interior, a estátua representa uma mae que segura em seus braços o filho que perdeu na guerra. Ela fica bem embaixo da abertura no teto, exposta a sol e chuva, simbolizando o sofrimento dos civis na guerra.

Bebelplatz: em 10 de maio de 1933, esse foi o palco das queimas de livros planejadas e realizadas pela União Alemã de Estudantes na Alemanha. Estudantes, professores e membros da SA e SS queimaram livros de autores rotulados como “não alemães”,  como: Sigmund Freud, Erich Kästner, Heinrich Mann, Karl Marx e Kurt Tucholsky.

Checkpoint Charlie: a estrutura que você vai encontrar ali não é original, mas representa um dos locais onde era possível cruzar o muro de Berlim. Na rua Friedrichstraße é possível observar no chão onde o muro ficava.

Führerbunker: não está mencionado no mapa que incluí no início do post, mas enquanto caminhávamos para o Memorial do Holocausto, passamos pela rua Gertrud-Kolmar-Straße, onde está localizado o local onde Hitler cometeu suicídio junto com sua esposa, em 30 de Abril de 1945. O bunker foi destruído para apagar os vestígios do Nazismo, evitando atrais simpatizantes e transformar o local em um memorial.

Memorial aos Judeus Mortos na Europa: memorial do Holocausto, com 2.710 colunas de variados tamanhos e altura. Existe um museu subterraneo (entrada pela rua Cora-Beerliner-Straße) com muitas informações  sobre o Holocausto.

Brandenburger Tor: um dos pontos mais importantes de Berlim e símbolo nacional, é o único dos 18 portões que sobreviveu à guerra.

Palácio do Reichstag: visitamos o edifício do parlamento depois de terminar o City Tour na Brandenburger Tor. É possível fazer uma visita grátis, entretanto precisa fazer a reserva com alguns dias de antecedência.

2. BERLINER UNTERWELTEN

Durante a guerra foram construídos diversos bunkers na cidade de Berlim – bunkers são construções de ferro e concreto com espessura larga, geralmente no subsolo mas muitas vezes construídos na superfície. Capaz de circular oxigênio e armazenar alimentos, o objetivo era abrigar civis e soldados durante bombardeios e invasões.

A Berliner Unterwelten é uma associação, que foi fundada em 1997 e tem como objetivo principal explorar e documentar o subsolo da cidade e tornar acessível ao público. Trata-se de cavernas, abrigos antiaéreos, túneis ferroviários não utilizados, cervejarias abandonadas, entre outros. Atualmente eles oferecem tours guiados em bunkers da II Guerra Mundial e Guerra Fria, e túneis de fuga utilizados na época do Muro de Berlim.

É necessário se programar com antecedência, principalmente se você não fala alemão – os tours estão disponíveis em inglês, espanhol, e outras línguas, entretanto não tem tantos horários disponíveis. Para consultar os preços atualizados e fazer a reserva, acesse o site aqui e consulte as informações lá.

O ponto de encontro para o tour no bunker da II Guerra Mundial é na Brunnenstrasse, 105 – na saída da estação U-Bahn Gesundbrunnen. Infelizmente não é permitido tirar fotos durante o tour.

/// SEGUNDO DIA ///

3. MURO DE BERLIN

Quando se fala do Muro de Berlim, logo vem na nossa cabeça as artes do East Side Gallery. Porém na Bernauer Straße é possível visitar partes do muro que foram preservadas no formato original. Além disso, você pode fazer um tour auto guiado, para conhecer mais da história com depoimento de pessoas que viverciaram esse momento marcante na história da Alemanha. O mais legal é que essa área é bem menos movimentada que a East Side Gallery, então dá para fazer o percurso tranquilamente.

Nossa sugestão é iniciar a caminhada no ponto A do mapa abaixo, que é o Visitor center (Bernauer Str. 119, 13355 Berlin), e subir a rua acompanhando os pontos de parada na trilha até o Conrad Schumann Memorial (Brunnenstraße 47, 10115 Berlin).

Mas é claro que vale a pena esticar até a East Side Gallery também – ela fica em uma região mais alternativa e movimentada de Berlim e as pinturas sao muito peculiares, trazendo muita crítica e reflexões.

Nós pegamos o U-Bahn e um onibus para chegar próximo ao início das pinturas.

4. FRIEDRICHSHAIN

Terminamos o percurso do Muro de Berlim no The Wall Museum, e de lá resolvemos conhecer o bairro de Friedrichshain, que é considerado um local badalado na cidade, cheio de bares, baladas, restaurantes e galerias. Para explorar o bairro, nós pegamos uma sugestão de rota no site do Simplemente Berlim, e neste link eles trazem bastante informação sobre a origem e os acontecimentos da região.

Berlim tem uma infinidade de possibilidades, então se voce tiver mais tempo disponível e interesse em explorar mais a fundo, é possível preencher facilmente 4-5 dias completos com atividades na cidade – uma das coisas que gostaríamos de ter feito, é visitar o campo de concentracão Sachsenhausen, mas ele fica fora de Berlim e a logística ficaria meio complexa pra gente. Fica pra uma próxima!

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