Machu Picchu

02 de Abril de 2013 – Terça-feira

Fizemos o check-out no hostel, mas como fizemos uma mala menor somente para pernoite em Águas Calientes, deixamos nossas malas de viagem em um quartinho trancado para buscarmos no retorno de Machu Picchu. Gostamos muito do hostel, então reservamos um quarto melhor por SOL 80 para 03/04.

Às 7h30 a van nos buscou na loja do Sr. Florencio. Ainda esperamos um tempo até conseguir juntar todos que iam na van conosco. Um casal de portugueses e 6 israelenses.

Iniciamos a viagem na mesma estrada que utilizamos para conhecer o Vale Sagrado. A van é um meio muito mais rápido de chegar até a hidrelétrica (lugar onde todos pegam o trem para subir para a cidadela, ou fazem a trilha de 2 horas até lá). Entretanto, o mais rápido com aquele monte de curvas daquela estrada, torna-se totalmente desvantajoso. É extremamente perigoso pois o motorista dirige como um louco, as chances de você passar mal são muito grandes, e o motorista não está nem aí. Depois de Ollantaytambo, um dos israelenses começou a passar muito mal pois as serrinhas ficam cada vez piores, subidas, descidas, barrancos…curvas onde não se enxerga se vem outro carro na outra mão, enfim! Foi o nosso maior arrependimento. Por que não compramos o trem?! Estávamos mesmo na VAN DA MORTE!!!

Como eu disse, um dos israelenses estava passando muito mal, até que não aguentou e pediu para parar. O motorista fingiu que não escutou, e mesmo depois de escutar todo mundo reclamando não queria parar de jeito nenhum. Como eles não falavam espanhol, tivemos que brigar com o motorista pra que ele parasse. Depois de muita insistência, finalmente paramos.

O percurso é de 7hs dentro da van, e paramos somente 1 vez para poder usar o banheiro. Almoçamos em Santa Tereza (onde deu confusão, a moça do restaurante não queria dar os almoços que já estavam pagos…). Quando chegamos na Hidrelétrica (às 15h30), nem acreditamos!

Da Hidrelétrica, você tem 2 opções para chegar a Águas Calientes:

  1. Trilha de 2 horas até chegar na cidadela (não tem muita subida)
  2. Trem; são 30 minutos e USD 18/pessoa. O último trem sai às 16h30, então você precisa chegar lá até este horário.

Águas Calientes é uma cidade que cresceu em volta da linha do trem no pé de Machu Picchu, bem bonitinha mas um tanto cara, já que você não tem muitas alternativas de outros lugares.

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Águas Calientes

Assim que chegamos, logo o guia nos levou ao hostel, onde tomamos banho (toalha tinha que ser alugada, SOL 5/pessoa) mas pelo menos o chuveiro era quente. Chegamos mais cedo que as pessoas que fizeram a trilha, então pudemos andarilhar pela feirinha da cidade. Também aproveitamos para já comprar o bilhete do ônibus das 5 horas da manhã, o primeiro que sai de Águas Calientes com destino à cidade antiga.

Fomos jantar junto com o casal de portugueses (e assim como o hostel, também estava incluso no pacote que pagamos), e logo dormimos para nos preparar pro grande dia!

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Jantar com os colegas portugueses

03 de Abril de 2013 – Quarta-feira

De Águas Calientes até Machu Picchu você tem 2 opções de subida:

  1. Trilha: 1h20 (cansa um pouco pois é subida)
  2. Ônibus: 25 minutos (USD 9/pessoa ida + USD 9/pessoa volta).

Optamos pelo ônibus já que subiríamos Wayna Picchu. Wayna Picchu é uma montanha dentro da cidade antiga que com 650 metros de altura (no topo dela, você alcança os 3.000 metros de altitude), cujo ingresso precisa ser comprado antecipadamente e a parte do ingresso de Machu Picchu (não custa mais do que USD 20/pessoa). O número de pessoas é limitado a 400 por dia, e apesar de não ter nenhum pré-requisito para subir, lembre-se bem que se você não tiver preparo físico, será um grande desafio.

Chegando em Machu Picchu, aguardamos o guia, e entramos. Parecia cena de filme, viramos a esquina e “Bem-vindos a Machu Picchu!”. Os olhos brilham e não tem como descrever de tão lindo que é! Foto nenhuma chega aos pés de presenciar e sentir aquele lugar. Fizemos um tour das 06h30 às 8 horas com o guia nos passando informações, e 8 horas ele nos deixou na entrada do Wayna Picchu.

Tínhamos que voltar para pegar o trem das 13h30 em Águas Calientes então planejamos todo o tempo da nossa subida e descida. A subida foi complicada, principalmente porque nem eu e nem o Felipe praticamos esporte. Os degraus são bem irregulares, alguns muito altos, outros muito pequenos. O guia disse que um tempo bom é 40 minutos (para pessoas preparadas) e nós demoramos 1h10 para subir. A vista é linda e a cidade de Machu Picchu fica muito pequena no meio daquelas montanhas. Ficamos uns 10 minutos sentados olhando e bora descer! Levamos meia hora para descer (muito mais fácil), andamos um pouco entre as ruínas e resolvemos pegar o ônibus para Águas Calientes – o velho medo de perder o horário.

Chegamos lá embaixo meio-dia, almoçamos e fomos até o trem. Deu tudo certinho! Descemos de trem, e aí começou a pior parte de toda a viagem. A volta na van! Voltamos com o mesmo motorista.

Logo no início da viagem, a estrada fechou até às 18 horas pois os trabalhadores estavam fazendo manutenção devido a um desmoronamento. Ficamos esperando das 16h30 às 18 horas dentro da van.

Uma das meninas passou mal, e só paramos pois o Felipe estava na frente e trocou de lugar com ela para ver se ela se sentia melhor. Não tinha posição pra dormir, fedor do chulé, aperto, vontade de banheiro, curvas, barrancos. Se arrependimento matasse, teria gastado todo o meu dinheiro para ir e voltar de trem, e não ter que passar por aquilo.

Chegamos em Cusco 21 horas…destruídos por causa da escalada, do aperto da van, enjôo, sono, enfim…só o caco! Seguimos para a agência do Sr. Florencio para buscar nosso dinheiro da passagem de Puno > Copacabana que eles nunca compraram. Claro que ele já tinha ido embora. Nem estressamos, fomos para o hostel para tomar um banho.

No hostel Royal Inti, que reservamos, falamos com o recepcionista que substituía o Jose, e ele nos disse que tinha um probleminha com nossa reserva. Um casal perdeu o vôo e teve que ficar mais uma noite. Ficaram no quarto que tinha sido reservado e pago por nós. Depois de uma breve discussao, o rapaz da recepção nos devolveu nosso dinheiro. Fomos até o primeiro hostel onde nos hospedamos, o Pirwa na Plaza de Armas, e nos hospedamos lá.

Estávamos tão esgotados que nem saímos para jantar. Mas eu liguei no celular do Sr. Florencio reclamando que queria meu dinheiro. Disse que precisava do dinheiro no primeiro horário de manhã pois nosso vôo para o Brasil saía cedo. No fim das contas, conseguimos resolver este problema.

O QUE FARÍAMOS DIFERENTE?

Teríamos dormido mais uma noite em Águas Calientes. Como subimos Wayna Picchu, perdemos o tempo necessário para explorar a cidade de Machu Picchu – já que ficamos meio dia somente lá. Se tivéssemos ficado mais uma noite, poderíamos ter ficado o restante da tarde explorando a cidade com mais calma. Deixamos de ver muita coisa por conta da correria.

Definitivamente teríamos optado pelo trem no percurso Cusco > Hidrelétrica. Não se esqueçam, é a VAN DA MORTE!!!

Também não teríamos fechado com a agência. Como o boleto para Machu Picchu + Wayna Picchu pode ser comprado pela internet, dá pra fazer tranquilamente sozinho.

De qualquer maneira, Machu Picchu é um lugar encantador e considero mais um dos meus sonhos realizado!

2 comentários

  1. Ola, parabens pelo blog e pelas viagens, muitas informações e fotos legais, eu queria saber sobre o trem da hidreletrica ate aguas calientes, onde voce comprou o ticket ? qual cia ? estou pesquisando e parece que só tem o trecho a partir de ollantaytambo em torno de US$60, obrigado

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    • Oi Fábio! Obrigada pela mensagem. Nós compramos o ticket assim que chegamos na hidrelétrica – em todo o caso, se não tiver mais lugar no trem, é uma trilha de 2 horas até águas calientes – como a cidade fica na base da montanha, a trilha não é tão tensa pelo que conversamos com algumas pessoas que fizeram. Confesso que este valor me parece meio alto, mas não lembro bem quanto pagamos na época.

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