Essa foi uma viagem cheia de primeiras vezes: primeira vez na África, primeiro safari, primeira viagem internacional pós COVID. Ficamos bem animados por poder arriscar uma nova experiência, e também por poder voltar com nosso planejamento de viagens.

Nosso principal objetivo era conhecer o Parque Nacional do Serengeti, onde acontece a Grande Migração: aproximadamente 2 milhões de gnus circulam o parque em sentido horário acompanhando as chuvas, sempre em busca de vegetação verde para se alimentar. Entre os meses de Janeiro e Março eles estão no sul do parque, momento em que nascem os filhotes. Entre os meses de Julho e Setembro, os gnus se concentram no norte do parque, para atravessar o Rio Mara e continuar a migração pelo Quênia (onde o parque muda de nome para Masai Mara) e neste momento, enfrentam os crocodilos e leões que se concentram nessa região.

Depois de pesquisar bastante, nós aprendemos que:

• O Safari Bookings é um ótimo ponto de partida para você montar seu roteiro, e ter noção de valores – é possível verificar a avaliação geral das agências e simular pacotes de acordo com seu perfil (carro privativo ou compartilhado, hospedagem luxo ou budget, quantidade de dias);
• Para chegar na região dos safaris, existem 2 opções de aeroportos: Arusha, que fica a 230 km do portão de entrada do Serengeti; e Kilimanjaro, que fica a 295 km da entrada;
• Existem aeroportos para aviões pequenos dentro do Serengeti – não pesquisamos preços;
• A gorjeta é um costume local, e lemos em vários lugares que o recomendado é que você separe de 10 a 15 dólares por dia para dar de gorjeta para o guia e para os hotéis;
• É possível fazer o safari por conta, mas não é viável – considerando todas as taxas e hospedagem, o valor fica muito acima dos pacotes das agências, além de você ter que procurar os animais por conta (pode parecer simples, mas não é);
• Os lugares mais populares para considerar no seu roteiro são Lake Manyara, Lake Natron, Tarangire, Serengeti, Ngorongoro;
• Game drive é o ato de observar a vida selvagem de dentro de um veículo 4×4;
• É possível fazer paradas nos pontos de apoio dentro dos parques para ir ao banheiro ou esticar as pernas;
• Para ver a travessia do Rio Mara o ideal é viajar na alta temporada, que vai de Julho até Setembro, e incluir no roteiro uma pernoite no Norte do Serengeti – saiba que por ser alta temporada tudo fica bem mais caro.

Nós viajamos em Julho de 2021, e não tinha como deixar de ir até o norte. Fechamos nosso pacote com a Bush Windows (nossos comentários e contato do Simon podem ser encontrados nesse post), e nosso roteiro ficou da seguinte maneira:

DIA 1 – Chegada na Tanzânia

Desembarcamos no aeroporto de Zanzibar, e logo que entramos na sala de desembarque, tivemos que fazer o teste rápido de COVID – são USD 25 por pessoa, mas achamos pouquíssimo confiável o resultado…nós nem tínhamos feito o exame ainda, e o nosso resultado negativo já tinha sido assinado pelo rapaz que estava na sala. Além disso, o resultado do nosso teste foi jogado em uma pilha com outras centenas de outros resultados.

Também pagamos pelo visto na chegada, USD 50 por pessoa, e pernoitamos próximo ao aeroporto.

DIA 2 – Primeiro dia do safari – Tarangire

Nosso vôo saiu cedo de Zanzibar…voamos de Flighlink (aeronave com capacidade para 30 pessoas) e em 45 minutos estávamos em Arusha. Nosso guia nos buscou no aeroporto ainda pela manhã, e seguimos direto para o Tarangire.

Este parque normalmente é incluído no roteiro por estar no caminho para o Serengeti. Mas não subestime o Tarangire – é nele que você vai conseguir ver uma grande concentração de baobás: árvore típica de algumas regiões da África, usualmente sem folhas pois dessa forma ela reduz a perda de água. A mata é mais fechada, entretanto vimos muitos animais: búfalos, zebras, gnus, elefantes e girafas, são alguns deles.

Nosso guia tinha um binóculos no carro, e nos emprestou para conseguirmos ver os animais que estavam mais distantes. Eu, Paula, acabei aproveitando minha Canon t5i para tirar fotos, fazer vídeos, ao mesmo tempo que observava os animais.

Após finalizarmos o game drive, ficamos hospedados no Farm of Dreams, hotel muito bacana em Karatu. Foi onde tomamos nossas primeiras cervejas locais: Safari e Kilimanjaro.

DIA 3 – Segundo dia do safari – Serengeti

Saímos às 8:00 da manhã do hotel, e seguimos viagem até o Serengeti. A viagem do hotel até o portão do Ngorongoro foi bem rápida, mas dali até o portão do Serengeti percorremos mais ou menos 98km. Paramos no portão às 12:30 para almoçar e usar o banheiro…depois de 1 hora de parada, seguimos uma longa viagem até Seronera (região central), mas fizemos game drive ao longo de todo o percurso, e também quando chegamos lá. Nessa região é onde você vai encontrar com mais facilidade os felinos: leão, leopardo e guepardo (cheetah). Nós vimos grupos enormes de gnus, muitas zebras e antílopes também.

No final da tarde, seguimos para nossa tenda, no Serengeti Heritage Luxury Tented Lodge. O wi-fi funciona relativamente bem, tem água quente disponível o tempo todo, e é possível carregar os equipamentos eletrônicos no quarto.

DIA 4 – Terceiro dia do safari – Serengeti

Saímos às 6:30 da manhã, e seguimos viagem até o norte do Serengeti. O percurso é longo, mas é possível observar alguns animais ao longo da estrada. Foi necessário sair do parque e entrar novamente pelo portão mais próximo ao norte, para encurtar o tempo de viagem. Chegamos no Rio Mara às 11:30 da manhã; vimos 2 grupos grandes de gnus…mas não tivemos sorte – eles ensaiaram uma travessia, mas desistiram no final. Saímos de lá às 16:30 em direção à nossa tenda.

Nós pernoitamos no norte, no Heritage Mobile Tented Lodge. O wi-fi não funcionava muito bem, a água quente estava disponível em um horário restrito e os equipamentos eletrônicos podiam ser carregados somente na área comum.

DIA 5 – Quarto dia do safari – Serengeti

Saímos 6:30 da manhã da tenda para ficar acampados no Rio Mara; nossa última tentativa de ver a travessia dos gnus. É preciso ter muita paciência para ficar tantas horas dentro do carro esperando, além de ter que contar com um pouco de sorte. Por fim, não conseguimos ver a travessia, e às 13:00 iniciamos nosso retorno para Seronera.

Nós pernoitamos na mesma tenda, na região central.

DIA 6 – Quinto dia do safari – Serengeti

Saímos 6:30 para nosso último game drive no Serengeti. Neste dia assistimos do carro o nascer do sol – que foi lindo, vimos alguns balões, cruzamos com muitos leões e conseguimos ver 2 leopardos. O único felino que perdemos, foi o guepardo. Às 11:30 da manhã iniciamos nosso retorno, até o portão do Serengeti.

Chegamos no Ngorongoro Wildlife Lodge por volta das 16:00. Aproveitamos que ainda era cedo para aproveitar a vista desse hotel, que fica no topo da cratera de Ngorongoro.

DIA 7 – Sexto dia do safari – Ngorongoro Crater

Pela manhã fazia muito frio e tinha muita neblina na nossa descida para a cratera. Logo de cara já encontramos um rinoceronte no meio da mata…estava um pouco longe mas conseguimos ver um pouquinho. Já tinham comentado conosco que não seria fácil de ver os rinocerontes pois a cratera é muito plana, e eles ficam no meio dos outros animais. Só a paisagem da cratera já vale a viagem…ela é muito particular, e eu achei incrível fazer o game drive lá.

Depois do almoço, iniciamos nosso retorno. Paramos no viewpoint, que fica no topo da cratera, e a vista é muito bonita – fica bem mais fácil de ver os rinocerontes dali de cima rs.

Depois de sair do parque, mais adiante paramos no viewpoint do Lake Manyara – ele é um parque mais denso, com mais mata, mas o lago é impressionante. Conseguimos ver o topo do Monte Kilimanjaro da estrada, e finalmente chegamos no aeroporto de Kilimanjaro às 19:00 para seguirmos para a segunda parte da nossa viagem: Zanzibar.