Do ferry já avistávamos Veneza. Finalmente! Fazia um calor de uns 40 graus, e mesmo assim apertei o passo porque queria devorar essa cidade.

Infelizmente a Ponte dos Suspiros estava em manutenção. Mas deu pra ver um pouquinho dela! Ela é a conexão entre a nova prisão e as salas de interrogatório do Palácio Ducal. Recebeu este nome pois diziam que quando os prisioneiros atravessavam por ela suspiravam, já que sabiam que era a última vez que veriam o mundo exterior. Na época, se você era condenado no Palácio de Doges, não saía de lá com vida.
Virando à direita depois que acaba o Palácio Ducal você chega na Praça de São Marcos. A praça é rodeada (além do Palácio Ducal) pela Basílica de São Marcos, o Campanário da Basílica, a Torre do Relógio de São Marcos, a Antiga e a Nova Procuradoria, a Ala Napoleônica, o Campanário de São Marcos a Logetta e a Biblioteca Marciana.
A Torre do Relógio é linda! Nela habita um relógio de mármore, esmalte e ouro, e é rico em detalhes. Além de ser um relógio de 24hs, ele indica as fases da lua, estações do ano e o ponteiro principal indica a posição do sol no zodíaco (os 2 símbolos estão presentes em ouro). Acima do relógio estão as estátuas de um senhor de barba e um jovem, que representam a passagem do tempo. O senhor de barba bate o sino instantes antes da hora completa, e o jovem toca instantes depois.
Depois de andar bastante na Praça de São Marcos, paramos para tomar um gelato. Era enorme, e sinceramente, o sorvete na Itália é divino. Depois nos perdemos um pouco nas ruelas de Veneza. É bem diferente, muito compacto mas bem legal de conhecer.
Ainda não tínhamos decidido se faríamos o passeio de gôndola. E aí vem a velha história: “você vai até Veneza e não vai andar de gôndola?”. A dica é negociar com os gondoleiros, mas nós nunca fomos muito bons nessa arte. Lembro que pagamos caro, mas valeu a pena. Não pelo romantismo, mas foi bem legal navegar pelas “ruas” de Veneza. O gondoleiro era bem gente boa; perguntei se a água ali era muito suja e ele me explicou que toda a movimentação da cidade acontece na água, e consequentemente o esgoto e o lixo também passam por lá – nada de colocar a mão na água, pessoal!
Passamos pelo Grande Canal, que é uma bagunça. Tem barco pra todo lado, parece o trânsito de motos no Vietnã. No caminho passamos pela Basílica de Santa Maria Gloriosa dei Frari.
Logo estávamos de volta, e sentamos com alguns brasileiros que conhecemos na viagem para beber cerveja e comer pizza.
Um dia é suficiente para conhecer os principais pontos de Veneza, mas definitivamente cabe dedicar mais tempo do roteiro para explorar essa cidade tão curiosa.