Munduk, uma experiência incrível!

11 a 14/04/2019

Deixamos Ubud em um carro privado (clique aqui para ler nosso post de Ubud). A estradinha para Munduk é bem tortuosa, e quando estávamos bem próximos de chegar, começou uma chuva muito forte, que inclusive causou um congestionamento na estrada. A viagem totalizou 1 hora e 40 minutos do centro de Ubud, até nosso hotel em Munduk.

Chovia muito – foi até meio tenso de descer do táxi, de tanta água que caía. E não deu trégua, tanto que não saímos do hotel nesse dia. Tomamos uma cerveja, e ficamos batendo um papo com um casal de ingleses que estava hospedado ali, junto com os proprietários do Bali Bening. Eles nos alertaram que estava chovendo todo dia a tarde, então aproveitamos para planejar o dia seguinte, já que teríamos que fazer tudo de manhã.

No dia seguinte, tomamos café no hotel, e alugamos a scooter lá mesmo – foi a melhor que alugamos durante toda a viagem – a mais conservada, nova e potente. Seguimos para Jatiluwih, o terraço de arroz que é patrimônio da UNESCO; foi uma viagem de 1 hora e 10 minutos em uma estradinha muito bacana. Fez bastante sol de manhã, então visitamos o arrozal com um tempo gostoso e uma paisagem de tirar o fôlego. Na volta pegamos um pouco de chuva, tivemos inclusive que parar no meio do caminho para comprar uma capa em uma barraquinha beira de estrada que as pessoas nem arranhavam o inglês rs.

Na volta nós paramos no Ulun Danu Bratan, o templo que fica no meio do lago Bratan, que é a principal fonte de irrigação da região central de Bali. Apesar da garoa, a chuva deu uma trégua e conseguimos fazer a visita tranquilamente…lá dentro tem alguns restaurantes, então aproveitamos para almoçar por lá.

Na volta para o hotel caiu a maior chuva da vida…chegamos encharcados! Tomamos um banho e basicamente acabou o roteiro do dia, pois chovia muito e não dava para fazer muita coisa…

Fomos jantar fora pertinho da saída da rua do nosso hotel, em um Warung na beira da estrada. Alguma coisa não caiu bem para o Felipe e ele passou mal a noite.

Nosso segundo dia em Munduk começou bem cedo! Logo depois do café-da-manhã seguimos para a trilha de cachoeiras próxima dali; a trilha é de concreto e bem estruturada, mas com muitas inclinações. Conhecemos o Golden Valley, onde tem uma cachoeira (que não é adequada para banho) e o Eco Café, único lugar onde recomendamos que você experimente o café do Luwak.

Em toda a Indonésia você vai ter milhares de oportunidades de experimentar o café do Luwak, o mais caro do mundo! Entretanto, 95% dos lugares vende café proveniente da exploração de animais em cativeiro: o Luwak (parecido com uma doninha) fica trancado em gaiolas, selecionando grãos de maior qualidade e ingerindo somente a polpa, facilitando a coleta dos grãos nas fezes. No Eco Café eles servem o café proveniente dos grãos das fezes coletadas na natureza…então não seja um turista babaca! Se quiser experimentar, vá no Eco Café.

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Explicação sobre o Luwak, no meio da trilha

Seguimos na mesma trilha até a Munduk Waterfall, que é animal! Trilha relativamente tranquila e meio perto…acho que caminhamos por uns 800 metros. Pagamos 20.000 rúpias cada um pra entrar; tinha pouca gente mas esta cachoeira também não é adequada para banho. Aqui nós subimos nosso drone, para fazer algumas imagens aéreas.

É possível continuar na trilha para a terceira e última cachoeira, mas o tempo estava muito feio então decidimos voltar. Subimos na scooter e paramos para almoçar no Warung Heaven enquanto esperávamos a chuva diminuir…ficamos um bom tempo por ali, conversando com o proprietário, que explicou um pouco sobre hinduísmo pra gente.

Quando saímos de lá ainda garoava; tomamos banho e saímos pra tentar trocar dólar, mas não tem nenhum lugar que faz isso – alguns hotéis até fazem este tipo de serviço, mas nenhum deles tinha disponibilidade de dinheiro.

DICA: essa é valiosa! Não vá para Munduk com pouco dinheiro – é bem difícil de trocar dólar por lá.

Depois que parou de chover, tentamos achar a terceira cachoeira da trilha mas não encontramos a entrada da trilha a partir da estrada…voltamos para o hotel e tomamos uma cerveja enquanto pesquisávamos sobre o Borobudur, e o restante do nosso roteiro em Yogyakarta.

Saímos para jantar no Warung Mades Munduk; o Felipe tentou subir uma rampa super inclinada – ele tentou me matar rs de novo. A comida é muito bem servida e na realidade aquele era um local provisório (a própria casa do Made) porque o estabelecimento dele de verdade está em reforma durante a baixa temporada. Fechamos o carro privado que nos levaria até Seminyak, em Bali, no dia seguinte; o cunhado dele que ficou de nos levar.

No nosso último dia, pedimos pra tomar o café cedo para aproveitar a manhã e ir no arrozal…mas decidimos mudar os planos e ir para outra cachoeira – não lembro se tomamos essa decisão por algum motivo, mas a Banyumala Twin Waterfalls é incrível! Foi animal demais…

A trilha não é tão difícil, diria que dificuldade média…ficamos um tempo a sós, mas logo começou a chegar mais gente. Deu inclusive para entrar na água e trocar bastante energia com esse lugar incrível! O lugar é bem estruturado: tem banheiro, e até vestiário para se trocar. Que dia!!!

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Twin Lakes, quase cobertos pela neblina!

Voltamos pro hotel e 10 minutos depois começou a maior chuva do mundo – praticamente cronometrado! O motorista buscou a gente e no caminho parou no mirante do Twin Lakes pra gente tirar foto…ensinou um monte de coisas pra gente durante a viagem: frutas (durian, a fruta que contamina tudo com o cheiro) e café da região, algumas coisas específicas da cultura deles como por exemplo, a inclusão de um prefixo no nome de acordo com a ordem de nascimento dos filhos. Não conseguimos absorver todas as regras, mas funciona mais ou menos assim:

  • Primeiro filho: Wayan, Gade, Kutu
  • Segundo filho: Made, Nanga, Kadec
  • Terceiro filho: Nyoman, Koman
  • Quarto filho: Katu

Meu nome é Paula, e sou a primeira filha dos meus pais…em Bali meu nome seria Wayan Paula, por exemplo. Por isso que ao longo da viagem conhecemos muitos Mades!

Foi um bate-papo bem bacana, e fez o tempo passar rapidinho…Bali já estava logo ali novamente.

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